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Pesquisa Datafolha aponta que apenas 24% dos brasileiros confiam nas declarações de Lula

Lula desembarca no Brasil; já passou 37 dias fora desde a posse

Pesquisa Datafolha divulgada ontem  (7) mostra que 40% dos brasileiros nunca confiam nas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros 35% acreditam às vezes no petista. Os que confiam sempre nas declarações do presidente são minoria, 24%.

O retrato da confiabilidade de Lula faz parte do levantamento do instituto que ouviu 2.004 pessoas em 135 cidades do país na última terça (5). A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Quando comparado à última pesquisa sobre o assunto, realizada em setembro, o resultado é estável. Na aferição passada, o Datafolha apurou que 23% sempre confiavam em Lula, 34%, às vezes, e 42%, nunca.

O maior nível de confiança no presidente fica entre os menos instruídos, com 38%, já os que menos confiam nas falas de Lula estão localizados na região Sul do país, 48%.

Neste primeiro ano de governo, Lula colecionou falas polêmicas. Ele afirmou suspeitar de “armação” em um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra o senador Sérgio Moro, seu desafeto político. O PCC planejou ação contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em Brasília, e atentado a bomba contra Moro.

Em outra fala que provocou reações negativas, o petista disse que a escravidão e o tráfico transatlântico tiveram “uma coisa boa”.

– Toda desgraça que isso causou ao país, causou uma coisa boa, que foi a mistura, a miscigenação – afirmou.

O atual ministro da Justiça e indicado do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, foi alvo de uma “piada” do presidente considerada gordofóbica.

– A obesidade causa tanto mal quanto a fome. É por isso que Flávio Dino está andando de bicicleta – disse Lula em março, durante um discurso de lançamento do Pronasci II (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania).

Em outubro, Lula disse que “dificilmente” o governo conseguirá zerar o déficit fiscal em 2024 e declarou que não quer fazer cortes em investimentos para cumprir a meta. O presidente também é questionado pela equivalência que usa para tratar sobre o ataque do grupo terrorista Hamas e a ofensiva israelense contra a Palestina.

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