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Vice-líder do Hamas é morto em ataque de drone no Líbano

O segundo homem do Hamas, Saleh al-Arouri, foi assassinado em Beirute, na noite desta terça-feira (2) (horário local), numa explosão provocada por um drone suspeito de ter sido enviado de Israel. Pelo menos outras duas pessoas também morreram.

Mesmo sem a confirmação da autoria do atentado por Israel, muitos israelenses do partido Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, comemoraram o assassinato, pois consideram que Saleh al-Arouri tenha sido o arquiteto do massacre de 7 de outubro, o início da guerra em Gaza que hoje completa 88 dias. O secretário do partido, Yossi Fuchs, pediu a todos que parassem de comemorar e ficassem calados.

As primeiras imagens de Beirute mostram um carro e uma casa em chamas, no bairro Dahieh, onde reina o grupo Hezbollah, aliado do Hamas e armado pelo Irã.

Al-Arouri, 57, foi comandante militar do Hamas na Cisjordânia. Exilou-se na Turquia e depois no Catar, até se instalar em Beirute, onde fundou uma sede para o Hamas, com homens treinados no Irã e alguns mísseis para atacar Israel desde o sul do Líbano. Ele ameaçou uma “maciça resposta” caso o serviço secreto israelense começasse a matar líderes do Hamas.

“Quem quer que esteja pensando em assassinatos, sabe que isso pode levar a uma guerra regional” — ele havia declarado.

Uma fonte americana informou ao jornal Washington Post que Israel é o responsável pela morte de Al-Arouri. O primeiro-ministro libanês Najib Mikati acusou o “novo crime de Israel” e advertiu o governo israelense de “arrastar o Líbano para uma nova fase de confrontos”. O grupo Fatah, na Cisjordânia, proclamou uma greve geral para esta quarta-feira em protesto pela morte de Al-Arouri. O Hamas divulgou uma nota: “Os assassinatos covardes realizados pela ocupação sionista contra os líderes e símbolos de nosso povo palestino dentro e fora da Palestina não conseguirão quebrar a vontade e a firmeza de nosso povo ou minar a continuação de sua valente resistência”, disse o porta-voz do Hamas, Izzat al-Rishq, acrescentando que o ataque “prova mais uma vez o fracasso abjeto do inimigo em atingir qualquer um de seus objetivos agressivos na Faixa de Gaza”.

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